terça-feira, 7 de julho de 2020

MÚSICA E DANÇAS CULTURA PAULISTA

Danças

Samba Rock

O Samba Rock é um estilo de dança tipicamente popular nas periferias, de origem afro-paulistana. Sendo a sua importância instituÍda pela Lei n° 16.207, - Dia 31 de Agosto como sendo o “Dia do Samba-Rock” no calendário oficial do Estado de São Paulo, sendo também reconhecido pela Lei n° 14.406, como Patrimônio Cultural Imaterial da cidade de São Paulo.

Surgido no final da década dos anos 60, tendo seu auge até meados dos  anos 1980, ditava o ritmo nas festas familiares e aos poucos invadiu os bailes e salões, dando origem aos Bailes Blacks e Bailes Nostalgia, que até hoje estão presentes na programação cultural paulista. As músicas que embalaram os passos marcados é uma mescla da batida do funk, do soul, com uma boa dose de samba, e foi assim que nasceu o Samba Rock, comandado por Djs,  equipes de som e na trilha sonora artistas como Jackson do Pandeiro, Jorge Ben Jor,  Bebeto e, a partir dos anos 2000, ganhando novo fôlego no circuito universitário, com Clube do Balanço, Paula Lima, Simoninha, Seu Jorge e tantos outros da nova geração. Influenciando a dança, música e comportamento em seu início e permanecendo forte até hoje.

Jongo    

Essa dança é uma herança dos negros é marcada por formar uma roda de homens e mulheres. Um solista canta uma canção e as outras pessoas batem palmas e fazem movimentos. Os instrumentos musicais utilizados são tambores e chocalhos.

    Catira

    Catira ou cateretê é a dança de palmeado e sapateando, tradicionalmente realizada por homens postados frente a frente. Ocorre em diversas localidades paulista, em festas familiares ou tradicionais como Divino, São Benedito e Santa Cruz. É praticado o som de duas violas e violão, com movimentos entremeados pela moda de viola (forma de cantoria recitativa). A coreografia inclui sapateados e palmeados, além de outras evoluções, como a ‘’meia-lua’’.  

    Cururu

    O cururu é uma espécie de cantoria de desafio com acompanhamento de viola e/ou violão. Na origem, além da cantoria, executava-se uma dança de roda, em sentido anti-horário. O cururu é comum em noitadas de Piracicaba, Capivari, Tietê, Sorocaba, Tatuí e outras localidades, nas festas tradicionais e em apresentações em bares. Tempos atrás, havia o cururu religioso, quando os cantadores versavam sobre conteúdos bíblicos, Além da forma de cantoria de desafio, o cururu identifica um gênero (padrão rítmico) da música caipira, distinto da moda de viola, do catira e da toada apa.

    Fandango

    Refere-se a alguns tipos de danças de grupos, cujo ponto de semelhança é o bater dos pés, geralmente executado por homens. Geralmente, é executado em duas alas, que ficam frente a frente, acompanhadas de violas, sanfonas e pandeiros. No litoral sul de São Paulo, também costuma denominar bailes comuns, arrasta-pés. No litoral norte é chamado de chiba.

    A seguir, apresentamos as características dos dois tipos mais conhecidos de fandango - o Fandango de Tamancos e o Fandango de Chilenas:

    • Fandango de Tamancos - É executado entremeando os fortes sapateados e palmeados com os queromanas, as modas que relatam aspectos da vida rural, com possibilidades para improvisos. O acompanhamento se dá com pé de bode (sanfona de oito baixos) e/ou violas. A maior característica é o uso de tamancos de madeira de laranjeira, cujos calcanhares possuem pequenas fendas que reverberam o som do sapateado. Sua origem vem da Península Ibérica e servia de diversão nas pousadas dos tropeiros no interior paulista. Podemos ver exemplos dessa modalidade, dentro do Estado de São Paulo, em Olímpia, em Ribeirão Grande em Capão Bonito.
    • Fandango de Chilenas - As chilenas são esporas não dentadas, atadas à botas dos tropeiros paulistas, tendo apenas a função de enfeitar o calçado e servir como instrumento de percussão, tal como um guizo, durante o sapateado. Também tem origem espanhola e era muito praticado pelos tropeiros. O sapateado é acompanhado por violas, assim como outras modalidades de fandango. A dança lembra gestos e nomes que fazem referência ao cotidiano dos tropeiros.

    Existem vários grupos de fandango formados ao longo da rota do tropeirismo. Ocorre em Capela do Alto, Sorocaba e Tatuí. O festival de Folclore em Olímpia também é palco de diversas apresentações de grupos.

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